Entrevista Folha Londrina, Paraná, Brasil, sábado, 7 de novembro de 2009

Por Fernanda Borges
Reportagem Local


TRATAMIENTO ALTERNATIVO

MUSICA QUE CURA

Pesquisador afirma que a biomúsica pode desenvolver o potencial interior, expandir a consciência e fortalecer o sistema imunológico.


Se você não consegue viver sem música, saiba que esse hábito pode ser excelente para sua vida, desde que o que você tem escutado seja de boa qualidade. O pesquisador e escritos mexicano Fernando Salazar Bañol afirma que existem músicas que podem proporcionar benefícios importantes para o organismo humano. Algumas delas, como as que levam ritmos mais acelerados, podem fazer efeito contrário, estimulando inclusive a agressividade, o consumo de drogas e até mesmo a prática abusiva do sexo.
Conferencista internacional e autor de mais de dez livros publicados na América Latina e Europa, Banõl criou o termo biomúsica na década de 1970, na Faculdade de Medicina da Universidade Autônoma de Guadalajara, no México. Hoje, ele ministra curso em Londrina sobre o tema.

O que é biomúsica e quais são os seus benefícios?

Biomúsica é o som da vida. É tudo aquilo que envolve a música à anatomia do home porque somos som puro. Temos o som do coração, do batimento cardíaco, da respiração; sons que expressam alegria, tristeza. O mais importante de todos os sons é o som da voz da mãe que fala com seu filho no ventre. A biomúsica nos ensina a sincronizar a música com nosso ritmo cardíaco,cerebral e respiratório,proporcionando relaxamento, que baixa o nível de estresse.

Qual a importância da música para o bebê no ventre materno?

Isso se chama musicoembriologia. As ondas vibratórias da música estimulam o bebê. São ondas extremamente saudáveis. Já foram realizadas experiências na Maternidade de Londres com bebês que no ventre materno escutavam Bach, Mozart. Eles passaram a revelar o gosto por dois instrumentos específicos na infância: a flauta e o violino. Isso por causa da freqüência do som. Mozart ajuda, por exemplo, a aumentar o coeficiente intelectual das crianças. Estimula mais que o próprio uso do computador.

Hoje a música é usada em determinados tratamentos. Como isso funciona?

Pesquisadores, médicos e estudiosos perceberam que uma boa música traz benefícios à vida humana. Hoje já se sabe que a musicoterapia pode curar crianças adultas autistas, controlar o estresse em jovens, adultos. Existem músicas que são utilizadas para preparar o paciente antes de entrar na sala de cirurgia para que ele não sinta dor. Outro exemplo da aplicação da musicoterapia muito marcante são músicas para ajudar enfermos terminais a se harmonizar para a morte. Pesquisas têm mostrado que pacientes que passaram por aqueles famosos túneis ao entrarem em coma e voltaram contam que se lembram de algum tipo de música. Eles definem como músicas celestiais, sublimes e que causaram sensações de prazer e relaxamento. Todos nós, por conta de nosso instinto de conservação, temos medo da morte. Quando há um trabalho terapêutico e aplica-se músicas clássicas essa sensação de medo, assim como a descarga de adrenalina, tende a diminuir.

Qual é então a recomendação?
Qual o tipo de música indicado para obter esses benefícios, uma vez que hoje muitas canções tem ritmo agitado e letras que exploram até mesmo a
sexualidade exacerbada?

Podemos utilizar a própria analogia dos alimentos. Existem substâncias que são ruins como existem também músicas que são nocivas a saúde. Uma vez escrevi um livro com o nome ‘A face Oculta do Rock’ porque há algumas músicas que estimulam o consumo das drogas, a violência. Já as músicas eruditas melhoram a capacidade de estudo e de aprendizado. Pouco tempo atrás surgiu a New Age, que é a música da nova era. Estas músicas servem especialmente para harmonizar, relaxar o corpo. E quando você está relaxado, quebra o circulo vicioso da tensão, da dor.

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